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Você sempre se deixa para depois? Quando cuidar demais fere a si mesmo

  • Foto do escritor: Luiza Gondim
    Luiza Gondim
  • 21 de nov. de 2024
  • 2 min de leitura

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Você sente que está sempre disponível para ajudar, mas quando precisa de apoio, não encontra ninguém? Ou percebe que suas vontades e necessidades ficam sempre em segundo plano para manter a harmonia com os outros? Se isso acontece com frequência, pode ser que você esteja preso em um padrão de auto-sacrifício.

Muitas pessoas acreditam que ser solícito e atencioso é uma qualidade – e, de fato, é. O problema surge quando essa disposição em ajudar se transforma em um hábito de se anular, ignorando seus próprios limites e desejos para atender às expectativas dos outros. Isso pode gerar frustração, exaustão emocional e até mesmo a sensação de não ser valorizado.


Por que algumas pessoas se doam tanto?

O padrão de auto-sacrifício geralmente se desenvolve a partir de crenças aprendidas na infância. Algumas mensagens, explícitas ou implícitas, como "não incomode os outros com seus problemas" ou "você precisa ser forte e cuidar de todos", fazem com que a pessoa cresça acreditando que suas necessidades não são tão importantes quanto as dos outros. Com o tempo, esse comportamento se torna automático e, mesmo na vida adulta, a pessoa continua priorizando o bem-estar alheio em detrimento do próprio.


Isso pode se manifestar de diversas formas:

  • Dificuldade em dizer "não", mesmo quando isso significa se sobrecarregar.

  • Sentimento de culpa ao priorizar suas próprias vontades.

  • Exaustão emocional por sempre estar disponível para os outros.

  • Relações desequilibradas, onde você dá muito e recebe pouco.


O impacto invisível do auto-sacrifício

Pode parecer nobre dedicar-se ao outro, mas ignorar suas próprias necessidades tem um custo alto. O desgaste emocional e físico causado pelo excesso de responsabilidades pode levar a quadros de ansiedade, estresse e até sintomas depressivos. Além disso, esse padrão muitas vezes gera ressentimento, pois a pessoa sente que suas relações são injustas, mas tem dificuldade em expressar isso.

Outro risco do auto-sacrifício é a dificuldade em reconhecer e comunicar suas próprias emoções. Quando alguém passa anos priorizando os outros, pode chegar ao ponto de nem saber mais o que realmente quer ou precisa, sentindo-se desconectado de si mesmo.


Como quebrar esse ciclo?

Se você se identifica com esse padrão, é possível transformá-lo. O primeiro passo é reconhecer que suas necessidades são legítimas e merecem ser atendidas. Algumas estratégias que podem ajudar:


  • Aprenda a dizer não: Comece com pequenos "nãos" e observe como se sente. Lembre-se de que estabelecer limites não significa ser egoísta.

  • Pergunte-se o que você quer: Antes de tomar decisões, reflita se está agindo por vontade própria ou apenas para agradar alguém.

  • Observe suas emoções: Preste atenção aos momentos em que se sente sobrecarregado ou ressentido. Isso pode ser um sinal de que você está ignorando suas próprias necessidades.

  • Busque equilíbrio nas relações: Relacionamentos saudáveis são aqueles em que há troca e respeito mútuo.


Se você sente que mudar esse padrão é um desafio grande demais para enfrentar sozinho, a psicoterapia pode ser um caminho para ajudá-lo a fortalecer sua autoestima, estabelecer limites saudáveis e se reconectar com suas próprias necessidades. Cuidar de si não é egoísmo – é um ato de respeito e amor-próprio.


 
 
 

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Luiza Gondim
Psicóloga Clínica - CRP 02/32136

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